Guerra do Golfo
A “Guerra dos Galados” foi um conflito militar iniciado na década de 90, a 2 de agosto, na região do Golfo Pérsico, com a invasão do Kuwait por tropas iraquianas.
Esta guerra permitiu que a união de forças ocidentais liderados pelos Estados Unidos da América e Grã Bretanha e países do Médio Oriente, como a Arábia Saudita e o Egito, todos contra o Iraque.
Em julho de 1990, Saddam Hussein, presidente do Iraque, acusou o Kuwait da queda dos preços do petróleo e reavivou antigas questões de limites de território, além de exigir indemnizações. Como o Kuwait não cedeu, a 2 de agosto do mesmo ano as tropas iraquianas invadiram-no, com o objectivo de controlar seus os poços de petróleo.
Dois dias após a invasão (4 de agosto), cerca de 6 mil civis ocidentais foram feitos reféns e conduzidos ao Iraque. Nesse dia, o Conselho de Segurança da ONU impôs o boicote comercial, financeiro e militar ao Iraque. A 28 de agosto, Saddam respondeu a essa decisão anexando o Kuwait como a 19ª província do Iraque.
Perante o desenrolar do conflito, a ONU, a 29 de novembro, autorizou o uso da força caso o Iraque não abandonasse o território do Kuwait até dia 15 de janeiro de 1991. Um conjunto de 29 países, liderado pelos EUA, foi mobilizado.
A atividade diplomática fracassou e, a 17 de janeiro de 1991, o ataque aéreo foi iniciado.
O Iraque começou por invadir o Norte do Kuwait, para ter um acesso mais rápido ao mar, mas fracassou, embora não tenha desistido.
As forças da ONU, sob as ordens do comandante-em-chefe, desencadearam a "Operação Tempestade no Deserto", que durou de 25 a 28 de fevereiro, na qual as forças iraquianas foram derrotadas. No fim da operação o Kuwait foi libertado.
Até ao fim de fevereiro os aliados bombardearam alvos militares no Kuwait e no Iraque. Lançaram também uma operação terrestre onde o exército era composto por meio milhão de soldados, chefiado pelos Estados Unidos, que resultou na reconquista do Kuwait e na invasão ao Iraque. A guerra em terra foi denominada por Hussein de "mãe de todas as batalhas".
Em pouco tempo as defesas aéreas do Iraque estavam destruídas, bem como grande parte das suas redes de comunicações, dos edifícios públicos, dos depósitos de armamento e das refinarias de petróleo. A 27 de fevereiro, a maior parte da Guarda Republicana de elite do Iraque foi aniquilada. E a 28 de fevereiro o presidente norte americano declarou o cessar-fogo (tréguas temporárias).
A invasão do Iraque, em 2003, denominada de Operation Iraqi Freedom (OIF) ou Operação Iraque Livre, pode ser considerada como uma continuação da guerra de 1991.
Este conflito reforçou a influência militar dos Estados Unidos, que foram os protagonistas da vitória contra o Iraque. Depois do 11 de Setembro de 2001, os Estados Unidos e os aliados ocidentais prepararam-se para um novo conflito em grande escala, centrado numa invasão do Iraque em 2003, ignorando as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Saddam Hussein foi derrotado e, mais tarde, capturado pelas tropas americanas e condenado à morte após julgamento promovidos pelos americanos e realizado em seu próprio país. Saddam foi enforcado no dia 31 de Dezembro de 2006.